sábado, 22 de setembro de 2018

Novo Volkswagen Jetta 2019; erros e acertos

Por Redação


A Volkswagen do Brasil finalmente lançou o novo Jetta por aqui. A sétima geração do sedan derivado do Golf se distanciou ainda mais do irmão hatch no visual, mas recuperou uma semelhança fundamental que ninguém vê, mas qualquer um pode sentir; a plataforma. Abandonando a antiga PQ35, o novo Jetta é montado sobre a MQB, o que o deixou maior e mais espaçoso que o anterior, apesar de ter mantido o porta-malas em 510 litros.


O Jetta ficou mais "sério" e tecnológico para encarar a concorrência, o que também o deixou mais caro; chegou para nós em duas versões, que são a Comfortline por R$109.990 e a R-Line por R$119.990. No geral, ele conta com três principais pontos fortes:

Equipamentos - a Volkswagen não "capou" o carro ao trazer pra cá, e nem entupiu de opcionais como de costume. Mesmo o Comfortline já vem bem equipado, e o único opcional para ambas as versões é o teto solar panorâmico. Pouca coisa ficou de fora em relação ao que é vendido no mercado norte-americano.

Construção - a plataforma MQB o deixou mais espaçoso e permitiu a inclusão de tecnologias que nunca havíamos visto em um Jetta por aqui, como o painel digital e o piloto automático adaptativo (exclusivos da versão R-Line). Mesmo com a modernização cada vez mais agressiva da concorrência, o sedan alemão não ficou para trás.

Segurança - os veículos montados sobre a MQB costumam apresentar bons resultados em crash-tests, e com o Jetta não há porque ser diferente. As duas versões trazem seis airbags, controles de tração e estabilidade, faróis Full LED, bloqueio eletrônico do diferencial e, no caso do R-Line, frenagem autônoma de emergência, tudo de série.


Por outro lado, mesmo com tanto conhecimento e experiência de mercado, a Volkswagen cometeu certos deslizes ainda sem explicação:

2.0 TSI - o novo Jetta só foi lançado com o conhecido 1.4 TSI de 150cv, até mesmo lá fora. Acontece que o que fez o nome do carro por aqui foi o famoso 2.0 de bons 200cv e desempenho bem acima da média. Já que ele é montado sobre a MQB (como o Golf e o novo Tiguan), porque não manteve o 2.0 turbinado dos irmãos, pelo menos na versão R-Line? A marca podia ter usado o câmbio automático de oito marchas do novo Jetta nos EUA, mas nem isso fez...

Ele tem, eu não - quer os paddle-shifters disponíveis no Gol, ou as saídas traseiras de ar condicionado do Polo/Virtus? São itens que você, por algum motivo, não encontrará no novo Jetta. Não é a primeira vez que vemos um carro mais caro não trazer itens de outro mais barato (como o teto solar do novo Yaris que nunca veio para o nosso Corolla), e continuamos em busca de uma justificativa plausível para isso.

Visual - como sempre dissemos aqui, gosto é subjetivo, mas de modo geral, o novo Jetta não pode ser chamado de feio. O que vem causando muito incômodo no consumidor brasileiro é sua grande semelhança com o Virtus, sedan do novo Polo, especialmente nas laterais e traseira; a dianteira já remete ao Passat, seu irmão maior.


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